Citando o Ministro
Centeno : Portugal “não se pode cansar de cumprir” (as contas públicas), mas
nós acrescentamos que não pode cansar-se de cumprir dois compromissos com a UE
até 2030 (white paper 2011 e Reg.
1316/2013):
1 – o corredor
atlântico das redes TEN-T (plena interoperabilidade, não a versão do RFC4)
2 – transferência
de 30% da carga rodoviária para o modo
ferroviário (o valor das exportações para França e
Alemanha é superior ao valor das exportações para Espanha : 14942 M€ versus
14912 M€)
Para o cumprimento
destes compromissos existe cofinanciamento da UE e até apoio técnico (plano
Juncker), mas para isso :
·
devem urgentemente, para inclusão no próximo quadro comunitário, elaborar-se
projetos para linhas novas sem as limitações de traçado das linhas existentes
(Espanha
já anunciou que a médio prazo concluirá a instalação de bitola UIC em toda a
linha Madrid-Badajoz; em 2026 terá bitola UIC na linha de alta velocidade entre
Madrid e Plasencia e travessas polivalentes entre Plasencia e Badajoz)
·
podem já aproveitar-se, mediante renegociação, o contrato e o projeto de
execução que já existe em bitola UIC do consórcio Elos, Poceirão-Caia, evitando
também a indemnização de 150 milhões de euros mais juros
·
é necessária ação diplomática com Espanha e França para viabilizar as
interligações ferroviárias de plena interoperabilidade conforme a cimeira de
Talin de outubro de 2013
Dizêmos com base na
nossa experiência profissional e empresarial :
·
deve haver um orçamento para a manutenção + beneficiação, e outro orçamento para linhas novas, a
exemplo da ADIF
·
deve haver um meio ferroviário plenamente interoperável para exportação
para a Europa por ser menos poluente e congestionante do que o rodoviário e
mais rápido que o marítimo
(UE =
interligações energéticas, de transporte e de telecomunicações)
O grupo tem
entretanto pendente um pedido de audiência pelo senhor Ministro para exposição
em pormenor dos argumentos em defesa das interligações ferroviárias com a
Europa em bitola UIC
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