O texto seguinte é a transcrição de um comentário na
Internet publicado por um dos sócios da Visater a um artigo publicado na imprensa, sobre a ferrovia e as ligações à Europa
e é citado para ilustrar o estado de espírito dos empresários que vêem o seu
trabalho contribuinte para as exportações gravemente limitado.
A Visater é uma empresa de Matosinhos trader de químicos (500 contentores e iso-tanks por ano) e consultora ambiental.
A Visater é uma empresa de Matosinhos trader de químicos (500 contentores e iso-tanks por ano) e consultora ambiental.
O seu artigo Ferrovia e Ligação à Europa confirma a minha
profunda dor de alma, de que um assunto crucial, como a Logística,
seja tratado pior que irresponsavelmente.
Por via martima, no caso da minha empresa, suspenderam-se entregas
via portos de Setubal e Lisboa, devido a greves permanentes, e sempre
silenciadas ( os portos espanhois agradecem); optámos via Leixões, com o
correspondente aumento de custo para o adicional rodoviário. Isto significa óbvia
perda de competitividade.
As companhias são
todas estrangeiras, e encontrei gente nos transportes que desconhecia ter
havido barcos nacionais no passado recente. Tanta destruição se fez, consciente
e voluntariamente no setor Martimo Nacional, que se chegou ao ponto de inexistência-
No rodoviário, e vou muitas vezes a Espanha e França de
carro, é impossível não perguntar até quando vão eles suportar este tráfico
infernal diário de milhares de camiões (como me dizia um francês, com humor,
vous etes du pays des veiculo longo) .
Comboios, se tentarem ligar para marcar um
transporte....acabam por se rir de tão delirante surrealismo.
No fundo a questão reduz-se a isto : OK espanhol ao percurso
Vilar Formoso - Irun/Hendaye, contra ser o Madrid-Lisboa uma radial da
capital Madrid para as suas províncias, por TGV.
E como Portugal não tem peso político para melhor solução
bilateral, nem peso político para levar o assunto a decisão de
Bruxelas.....; muito pior ainda a fraquíssima qualidade de estratégias
e de decisores que se recusam a encarar o problema ; este trajecto Elvas-
Evora não é mais do que uma fuga ao assunto.
Pessoalmente, sou a favor do ferroviário de
mercadorias, mas com equilíbrio político ; a haver - como há - uma intolerável
exigência castelhana - eu optaria decisivamente pelo marítimo de cabotagem (
porque sendo os estivadores um assunto nacional, pode resolver-se), com
capacidade também para camiões (modo RO-RO), mas admito que a opinião tem
contraditório, tal como tem também mais pontos positivos do que possa parecer.
Desculparão o incomodo, mas este assunto, além de me
incomodar diariamente, e em continuo, causa-me uma revolta e indignação
profundas.
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